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Mário Lyster Franco

Biografia

Mário Augusto Barbosa Lyster Franco, filho de Carlos Lyster Franco, pintor e professor no Liceu de Faro e de Maria das Dores Dias Barbosa, doméstica, moradores na rua de S. Francisco, nasceu às 16h30m, do dia 19 de Fevereiro de 1902, na freguesia da Sé, em Faro. Faleceu a 20 de Agosto em 1984, na Clínica de S. José de Camarate, em Lisboa, onde dera entrada oito dias antes.

 

Formado em direito em 1927, dedicou a sua vida à defesa dos interesses da região, à divulgação e promoção da história e da cultura algarvia, participando e organizando conferências, publicando jornais, livros e revistas. Como autor, a sua obra reparte-se entre a arqueologia, a história e a literatura, num total de trinta títulos publicados.

 

Foi presidente da Câmara Municipal de Faro durante dois mandatos (1932-34 e 1937-39). Defendeu o turismo como fonte de desenvolvimento regional, sendo o “Guia Turístico do Algarve”, editado em 1940 e 1944, pela Revista Internacional, um exemplo da propaganda regionalista e um incentivo ao turismo da região algarvia.

 

Colaborou ao longo da vida em vários jornais nacionais e regionais como redator, tendo assumido, em 1946, a direção do semanário «Correio do Sul», órgão da imprensa algarvia que dirigiu durante mais de quarenta anos.

 

A partir de 1980, dedicou -se à elaboração da obra «Algarviana – Subsídios para uma Bibliografia do Algarve e dos Autores Algarvios», obra de investigação de carácter enciclopédico, fonte de utilidade científica e literária, fruto de décadas de investigação, publicando o 1º volume, em 1982 (letras A e B), numa edição da Câmara Municipal de Faro, dois anos antes do seu falecimento, que ocorreria em Camarate, região de Lisboa, a 20 de Agosto de 1984, ficando por publicar, até hoje, os restantes volumes desta obra de referência da região do Algarve.

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Bibliografia

A lista de obras de Mário Lyster Franco reparte-se entre a arqueologia, a história e a literatura algarvia, num total de trinta títulos, dos quais nunca se fez uma reedição.

 

A partir de 1980, dedicou -se à elaboração da obra «Algarviana – Subsídios para uma Bibliografia do Algarve e dos Autores Algarvios», obra de investigação de carácter enciclopédico, fonte de utilidade científica e literária, fruto de décadas de investigação, publicando o 1º volume, em 1982 (letras A e B), numa edição da Câmara Municipal de Faro, dois anos antes do seu falecimento, que ocorreria em Camarate, região de Lisboa, a 20 de Agosto de 1984, ficando por publicar, até hoje, os restantes volumes desta obra de referência da região do Algarve.

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Excerto do jornal "O Correio do Sul"

Do Natural

 

Tenho no meu quintal uma figueira

Que não tem grande encanto de roupagem,

Passa parte do ano sem folhagem

E não cresceu bonita nem fagueira.

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Nasceu junto à janela do meu quarto,

Faz-me barulho quando a noite venta,

Só a minha paciência a aguenta

Nas muitas vezes em que já estou farto.

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Quando aos seus figos é um encanto ver,

Dá-me bastantes que os pardais me levam

Mas dentre aqueles que os marotos deixam

Ainda ficam muitos para comer.

​

Mas o mais belo que eu encontro nela

Está numa haste que num gesto amigo

Tem qualquer coisa para ver comigo

E vem trazer-me os figos à janela.

​

São meia dúzia, sua graça vem

Por serem símbolo do que vai por cá

O magro prémio que o Algarve dá

Aqueles filhos que lhe querem bem!...

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Do Natural - Mário Lyster Franco
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